Pedágio no Vale do Taquari
A redução de até 23% no custo da tarifa não agradou os líderes e representantes do Vale do Taquari. Os valores de R$ 0,18 (com isenção do ISS) e R$ 0,19 (sem isenção do ISS) por km rodado ficaram acima dos R$ 0,14 sonhados pelos prefeitos e representantes da nossa região, e uma nova rodada de negociações já iniciou ontem à noite. Mais do que isso. Liderados pela Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC/VT), diversas entidades custearam um importante estudo para atualizar o chamado VDM – Volume Diário Médio – de veículos que trafegam pelo trecho rodoviário previsto no Bloco 2 das concessões.
Entre os líderes regionais, há a certeza de que o cálculo realizado pelo governo estadual está defasado e muito abaixo do fluxo atual de veículos. Se isso se confirmar, o custo da tarifa por km rodado tende a diminuir ainda mais e, sendo assim, poderia chegar mais próximo dos sonhados R$ 0,14. Ou seja, a reunião de ontem não foi um ponto final neste instigante debate. Pelo contrário. Foi só o início da terceira rodada de negociações.
Um melindroso ruído na Câmara de Lajeado
A presidente da câmara de vereadores de Lajeado precisa rever alguns movimentos e separar melhor o trabalho dela à frente da ONG Apama e do Legislativo lajeadense. Ao atacar duas das principais instituições da segurança pública do Estado em uma mesma postagem nas redes sociais – a mensagem era sobre um pitbull morto durante uma ação policial, com fortes críticas e denúncias contra o trabalho da Polícia Civil e da Brigada Militar –, a principal representante do poder Legislativo da principal cidade do Vale do Taquari causou um ruído melindroso na relação entre as entidades públicas. E as palavras de alguns delegados, ontem, durante reunião presencial no plenário lajeadense, atestaram o péssimo clima entre os representantes da PC e a presidente da câmara. “O Legislativo de Lajeado corre risco com essa senhora como presidente”, disparou o delegado Juliano Stobbe. Você atacou a PC”, reforçou a delegada Regional, Shana Luft. Ana da Apama (PP) se defendeu e afirmou que estaria se sentindo ameaçada. Ao fim de tudo, a Polícia Civil cobra retratação. Mas não creio que isso será suficiente para reestabelecer a necessária boa relação entre policiais e presidente da câmara. E isso é muito ruim para ambas as instituições…
Calçadão em Estrela: aberto ou fechado?
A Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio (Cacis) de Estrela realiza testes para sugerir a implementação de bloqueios ao trânsito no trecho das duas quadras do chamado “Calçadão de Estrela”. A ação tem ocorrido aos sábados, das 8h às 17h, em um trecho da Rua Fernando Abott que já não permite estacionamentos. E de acordo com o Diretor de Eventos da entidade, Leandro Kremer, tem recebido apoio por parte de muitos comerciantes, clientes e frequentadores do centro da cidade. “É um espaço que, para muitos, deveria ser definitivamente fechado, como já foi um dia. Para outros poderia ser estendido aos domingos, ou às noites.” Além da Cacis, o governo municipal também participa desse debate sobre a necessidade de revigorar e humanizar o centro de Estrela.
Um ano de um momento histórico
A reconstrução em um curtíssimo espaço de tempo da histórica Ponte de Ferro completou um ano nessa segunda-feira. Um ano daquele movimento que não serviu apenas para reconectar o Vale do Taquari por meio da travessia sobre o Rio Forqueta entre Lajeado e Arroio do Meio (o que por si só já é um ato hercúleo), mas também serviu de combustível para a retomada da esperança e da confiança de uma comunidade quase nocauteada por duas enchentes trágicas registradas em menos de um ano. Jamais esqueceremos a perseverança e a coragem daqueles empresários (as) e trabalhadores (as) que largaram tudo para “fazer o que tinha que ser feito”. Capitaneados pela ousadia de Roberto Lucchese, estão todos na história. E para sempre!
Concessões (ainda) não saíram do papel
Em Estrela, a concessão do complexo da Cascata Santa Rita virou um case negativo. Não deu certo na primeira tentativa e o assunto parece restar em um eterno “banho maria”. Em Lajeado, o governo anterior tentou avançar com as concessões do Parque Ney Santos Arruda e do Parque Histórico. A enchente veio, mudou a agenda e o assunto está temporariamente engavetado. Em Encantado, a istração municipal volta a ventilar a possibilidade de conceder a Lagoa da Garibaldi e o Parque João Batista Marchese à iniciativa privada. Ou seja, e por ora, alguns governos municipais apenas ensaiaram as concessões. E outros só observam as dificuldades. Fato é que as ideias e intenções dos prefeitos são nobres, mas o assunto ainda parece ser novo às municipalidades e, também, aos eventuais investidores. Nada que o tempo não cure…