Recebi de um amigo a poucos dias um material que faz referência à Estupidez Moderna. Relembrei os anos nos quais estive trabalhando na minha formação stricto sensu, onde na oportunidade estudei um pouco mais o teólogo luterano alemão Dietrich Bonhoeffer. O teólogo referenciado se opôs ao regime de Hitler, e por isso foi perseguido e morto. Mas Dietrich aproveitou os 23 meses de cárcere do regime nazista para desenvolver sua teoria, a qual podemos entender na prática, se olharmos ao nosso redor nos dias de hoje.
A partir do seu isolamento prisional, de sua separação da família, dos amigos, do trabalho, dos companheiros de conspiração, da noiva, fez ele ver que o ado era a base de sua continuidade. Por isso sempre foi grato pela sua origem, seus pais e família. O teólogo foi enforcado no campo de concentração de Flossenbürg em abril de 1945, 5 meses antes do término da Segunda Guerra Mundial.
No vídeo “A Estupidez Moderna”, vimos sua teoria, o qual inicia assim: “E se eu te dissesse que o maior perigo para a humanidade não é a falta de inteligência, mas uma contaminação silenciosa e coletiva, capaz de transformar mentes brilhantes em cúmplices da destruição. Uma força invisível que transforma mentes brilhantes em marionetes do sistema. Foi isso que Bonhoeffer testemunhou na Alemanha nazista. Ele não viu monstros, ele viu vizinhos, colegas e líderes espirituais se tornarem instrumentos do mal, por estupidez funcional. E o mais perturbador, não está acontecendo com os outros, está acontecendo com pessoas como você, como eu, agora mesmo. É uma teoria tão perturbadora, tão precisa, que entender pode ser a diferença em manter sua liberdade mental ou se tornar mais uma peça no jogo de quem lucra com sua alienação. Quando pensamos em estupidez, tendemos a pensar em alguém com baixa capacidade intelectual, uma caricatura de ignorância evidente. Mas essa imagem é um disfarce confortável. A estupidez que realmente ameaça a liberdade é mais sutil, mais insidiosa e acima de tudo, coletiva. Ela não habita apenas indivíduos, ela se instala em sistemas, se manifesta em comportamentos padronizados, em verdades aceitas sem questionamento, em regras que ninguém sabe porque segue, mas segue. A estupidez nesse nível, não é uma falha pessoal, é uma força sociológica, ela age como um vírus que se espalha silenciosamente por meio da cultura, da educação e das instituições”.
Para quem se interessar na temática, indico o vídeo completo no Youtube.
Temos que estar atentos no que estão fazendo com nossa sociedade, interferindo na nossa liberdade de expressão, inclusive.