População de Teutônia fica sem atendimento 24h com fim do convênio com o P.A.+

CONTEÚDO PATROCINADO | produzido por p.a.+

População de Teutônia fica sem atendimento 24h com fim do convênio com o P.A.+

Será que foi realmente a melhor decisão?

População de Teutônia fica sem atendimento 24h com fim do convênio com o P.A.+
Teutônia

O fim do atendimento 24 horas no Pronto Atendimento Médico P.A.+ marca uma mudança significativa na estrutura de saúde de Teutônia. Até então, o serviço prestava atendimento ininterrupto à população — inclusive em finais de semana e feriados — com equipe completa de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, recepcionistas, higienizadores e toda a estrutura necessária para acolher a comunidade a qualquer hora do dia ou da noite.

Nos últimos 12 meses, o P.A.+ atendeu mais de 28 mil pessoas via convênio com a prefeitura, o que representa uma média de 2,4 mil atendimentos mensais. Os números mostram a relevância do serviço e a alta demanda por atendimento de urgência no município.

Apesar disso, a Prefeitura de Teutônia decidiu não renovar o contrato com a unidade, justificando a medida pelo suposto alto custo do serviço. Em entrevista coletiva, a gestão municipal afirmou que o valor ultraava R$ 500 mil por mês — o que, segundo a empresa gestora do P.A.+, não corresponde à realidade contratual.

Dois serviços distintos

Dados apresentados pela gestão do P.A.+ indicam que o município desembolsava, em média, R$ 460 mil mensais. O valor englobava dois tipos de serviços distintos:

  • Cerca de R$ 120 mil por mês eram destinados à disponibilização de médicos para os postos de saúde, como clínicos gerais e pediatras;
  • Outros R$ 340 mil cobriam o atendimento 24 horas no P.A.+, incluindo equipe médica, enfermagem, recepção, higienização e estrutura física.

Comunidade: ganhou ou perdeu?  

Na prática, o fim do convênio não gerou uma redução proporcional de custos. O valor de R$ 120 mil foi redirecionado ao Consórcio Intermunicipal de Saúde (Concisa), responsável agora por gerenciar os profissionais da atenção básica. Já o novo modelo adotado para urgência e emergência funciona no Centro de Atendimento à Saúde (CAS), de segunda a sexta-feira, das 17h às 22h, e teria um custo estimado superior a R$ 200 mil mensais.

Somando os dois serviços, o investimento atual gira em torno de R$ 320 mil mensais — valor próximo ao que era gasto apenas com o pronto atendimento 24h, que agora não está mais disponível à população. Ficam as dúvidas: houve, de fato, economia? E mais importante: a comunidade ganhou ou perdeu com a mudança?

O que se vê hoje é uma população desassistida nos horários mais críticos, especialmente durante as madrugadas e fins de semana, quando a necessidade de um pronto atendimento é mais urgente. Enquanto isso, o debate sobre os rumos da saúde pública em Teutônia continua. Moradores pedem mais transparência nas decisões, planejamento eficiente e, sobretudo, respeito ao direito constitucional à saúde.

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